quarta-feira, 13 de abril de 2011

Exercício

“Penso que tem de haver no fundo de tudo, não uma equação, mas uma ideia
extremamente simples. E para mim essa ideia, quando por fim a descobrirmos,
será tão convicente, tão
inevitável, que diremos uns aos outros:
“Que maravilha! Como poderia ter sido de outra maneira?”
(John Archibald Wheeler cit. in Wheatley, 1992:18)

“Trata-se aqui de uma noção tipicamente complexa: quando se vê a unidade,
vê-se a diversidade na unidade e, quando existe diversidade, procura-se a unidade.”
(Morin, 1990)

“O futebolista deve conservar o gosto por jogar e o desejo de perfeição, a partir
daqui só é necessário pôr-se de acordo com a ideia que vai defender porque sendo
vital a qualidade individual, ainda o é mais a capacidade de coordenação de todos os
elementos em jogo” (Valdano, 1998: 238)




Exercício intersetorial 6x5. A equipe vermelha em organização ofensiva tenta marcar um gol na baliza grande, sendo que no quadrado apresenta-se uma situação 4x3. A equipe vermelha tem como apoios os extremos que só poderão jogar na zona demarcada em situação 1x1. A equipe azul que está em organização defensiva tenta tomar a bola o mais rapidamente para tentar marcar nas balizas menores. A equipe azul terá também 2 apoios (laterais) nos flancos .

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Controle do treinamento

Uma das grandes preocupações dos preparadores físicos é o "controle" do treinamento: repetições, séries, duração, frequência cardíaca, GPS, lactímetro, etc.  O princípio da interdependência volume x intensidade (na visão convencional) faz com que fiquemos "dependentes" do controle quantitativo do treino, quando, na verdade, deveríamos nos preocupar com o controle qualitativo do mesmo. A visão de Intensidade em um treino que procura a Especificidade do treinamento deve seguir um outro norte, merece um novo olhar. Ao treinarmos em especificidade, queremos desenvolver um treino à semelhança do jogo. Ou seja, queremos que os gestos motores, situações, exigência física/mental/tática etc. sejam o mais próximo possível da realidade do jogo. Portanto, falamos em intensidade máxima relativa ao que pretendo em determinado exercício.



".. é a intensidade necessária para se fazer determinado exercício com êxito ou seja, a intensidade é relativa aos objetivos que traçamos para o exercício. Desta forma contextualizamos a intensidade porque em determinadas situações o jogador para ter êxito deve estar parado, outras vezes a correr muito, outras vezes a correr pouco (...) Deste modo é relativa ao contexto da situação e por isso, falo em máxima relativa." J. Guilherme Oliveira (2006)

O "controle" do treinamento, desta forma, assume uma forma diferente. Os objetivos que pretendo para o exercício ou sessão de treino são guiarão o processo. posso manipular esse controle de diversas formas. Posso ter um exercício com ou sem oposição, com mais ou menos jogadores,  com mais ou menos espaço etc. Desta forma posso "manipular" o que pretendo e guio o processo para onde quero. A intensidade, portanto, será máxima relativa e assumirá essa forma desde o primeiro dia de treinamento. Desmistificando, então, aquela velha prática de começarmos os treinamentos com uma baixa intensidade e alto volume para, depois, inverter essa ordem no período competitivo. 

Gilterlan Ferreira - Preparador Físico de Futebol - CREF 001193-G/RN. Tecnologia do Blogger.